O que é Design Thinking e para que serve: introdução ao tema

Pesquisa e Estratégia

O que é Design Thinking e para que serve: introdução ao tema 

August 11, 2024 • by Osmar Demozzi Junior • 5 minutes read

Atualmente, as necessidades dos usuários se transformam rapidamente. Além disso, as expectativas estão cada vez mais altas, por isso, a busca por ferramentas inovadoras para a resolução de problemas se torna essencial.


Nesse contexto, o design thinking é altamente indicado, pois essa metodologia é completa, focada no ser humano e possibilita que diversas ideias inovadoras saiam do papel.

Essa metodologia pode melhorar a cultura organizacional da sua empresa, auxiliar no desenvolvimento de produtos e serviços. Além de promover soluções que realmente atendem seus clientes.

O design thinking é um processo estruturado, distribuído em etapas interligadas que guiam o seu time em uma imersão profunda sobre as necessidades do seu público.

Saiba que essa abordagem não é somente para quem trabalha com design, pois seu modo de pensar vale para todos. Quer entender como surgiu o design thinking, suas fases e vantagens? Então, confira o conteúdo de hoje!

O que é o design thinking e qual a sua origem?

O termo "Design Thinking", que pode ser traduzido como "pensamento de designer", teve origem em 1969, quando Herbert A. Simon, renomado economista alemão, o mencionou  em seu livro The Sciences of the Artificial.

Suas ideias são consideradas os princípios dessa metodologia. Inclusive, ele falou sobre a prototipagem já naquela época, conforme sua declaração no livro:

"Para entendê-los, os sistemas tiveram que ser construídos e seu comportamento observado."

– Herbert Simon

No entanto, essa metodologia se consolidou na década de 90 graças a IDEO (a mais popular agência de design do mundo),como uma poderosa ferramenta para a resolução de problemas, com foco no ser humano como elemento central. 

As informações do site da IDEO deixam claro que eles não criaram o design thinking, mas que se tornaram populares por colocá-lo em prática para grandes e pequenos problemas.

De modo geral, essa abordagem holística permite a criação de soluções inovadoras e eficazes, que atendem às necessidades reais das pessoas e impactam positivamente suas vidas.

Sua aplicação se estende a diversos campos, desde o desenvolvimento de produtos digitais e serviços até a busca por soluções para complexos desafios sociais. Na área da tecnologia, por exemplo, o design thinking impulsiona a criação de interfaces intuitivas, softwares eficientes e ferramentas que facilitam a vida das pessoas. 

Lembrando que individualmente também podemos usufruir desse modo de pensar. Além disso, você pode ter a mentalidade de um designer, sem ser um!

Quais são as fases do design thinking?

Essa jornada se divide em 7 fases interligadas, cada uma com um papel crucial para o sucesso final, confira abaixo.

1. Empatia

A imersão nas necessidades, desejos e motivações do público-alvo é fundamental. Através de pesquisas, entrevistas e observações, a equipe de design compreende profundamente os desafios e frustrações dos usuários, estabelecendo uma conexão humana genuína.

2. Definição

Com base na empatia, os problemas e oportunidades são identificados e claramente definidos. Essa etapa exige um olhar crítico e questionador, buscando ir além do óbvio e desafiar as suposições iniciais. Mapas mentais, diagramas e outras ferramentas auxiliam na organização e visualização das informações.

3. Ideação

A criatividade floresce na fase de ideação. Brainstorming, mapas mentais e outras técnicas estimulam a geração de soluções inovadoras e disruptivas, sem julgamentos ou críticas. A quantidade de ideias é o foco principal, pois a qualidade será aprimorada nas etapas seguintes.

4. Prototipação

As ideias mais promissoras ganham vida através de protótipos. Modelos simples e funcionais permitem testar os conceitos de forma rápida e iterativa. Essa etapa é crucial para identificar falhas e ajustar funcionalidades antes de investir em um desenvolvimento completo.

5. Teste

Por meio de testes com usuários reais, as soluções são validadas e aprimoradas. Essa etapa é essencial para identificar falhas, ajustar funcionalidades e garantir que o produto ou serviço final atenda às expectativas do público-alvo. Feedback detalhado e observações fornecem insights valiosos para o refinamento das soluções.

6. Implementação

Com base nos resultados dos testes, o produto ou serviço é finalizado e preparado para o lançamento. Essa etapa envolve a criação de materiais de marketing, treinamento da equipe e definição das estratégias de distribuição.

7. Aprendizado

Essa metodologia segue um processo contínuo de aprendizado e adaptação. A equipe deve monitorar o desempenho do produto ou serviço após o lançamento, coletar feedback dos usuários e buscar oportunidades para melhorias contínuas. Essa postura garante que as soluções permaneçam relevantes e atendam às necessidades em constante evolução do público.

Qual é o objetivo do design thinking?

O objetivo principal dessa metodologia é colaborar com gestores e colaboradores, atuando como uma solução para problemas de organização ou de um setor específico. Além disso, o cliente permanece no centro do processo criativo. As propostas devem apresentar soluções que gerem valor para ele por meio de abordagens inovadoras.

A grande maioria costuma resolver problemas utilizando os recursos já existentes, aí é que entra a proposta do design thinking: pensar diferente, ou seja, inovar!

Design Thinking: como é utilizado?

O Design Thinking pode ser usado em todas as empresas e setores, especialmente naquelas que estão buscando novos recursos e inovação em seus processos. Afinal, sua proposta principal é focar nas pessoas, impulsionando a criação de produtos e serviços que realmente importam. 

Ou seja, essa metodologia é aplicável a qualquer área e capaz de gerar soluções inovadoras e eficazes. Mais do que apenas desenvolver algo novo, o design thinking coloca o usuário no centro do processo, buscando soluções que atendam às suas necessidades e desejos de forma criativa e eficaz.

Exemplo: o uso do design thinking na criação de aplicativos do varejo

No mundo digital de hoje, os aplicativos se tornaram ferramentas essenciais para o varejo. Mas, para se destacar nesse mar de opções, é preciso ir além de apenas ter um aplicativo. É preciso criar uma experiência que encante os clientes e os fidelize à sua marca.

Por meio de pesquisas e empatia, você entende as dores, desejos e motivações dos seus clientes. Isso te permite identificar oportunidades e desenvolver um aplicativo que realmente atenda às suas necessidades.

As pessoas não têm tempo para interfaces complexas. Ou seja, um aplicativo precisa ser simples de usar, concorda? Isso significa que seu aplicativo deve ser intuitivo e fácil de usar, desde a busca pelo produto até a finalização da compra.

Além disso, também é necessário considerar a funcionalidade de um aplicativo. Afinal, um aplicativo inútil não leva ninguém a lugar nenhum. Portanto, é preciso garantir que o seu aplicativo oferece funcionalidades valiosas para os seus clientes. Isso pode incluir desde a visualização de produtos em 3D até a integração com redes sociais e sistemas de pagamento.

Atualmente, não há quem não use um aplicativo, seja para trabalho, compras, pedir um almoço e para se comunicar. Então, é válido ressaltar que essa solução precisa ser a melhor possível para o usuário, mas como garantir isso? Com testes e refinamento, é claro! Inclusive, essa é uma das fases da metodologia, conforme já explicamos anteriormente.

Testes e refinamento

Além da imersão nas necessidades do público e da ideação de soluções criativas, a etapa de testes se torna crucial para o sucesso final do app. Os testes são a base para um aplicativo inovador, pois é nessa etapa em que os protótipos criados na fase de ideação ganham vida e são colocados à prova com usuários reais. 

Mediante a aplicação de testes rigorosos e um feedback detalhado, a equipe de desenvolvimento identifica falhas, ajusta funcionalidades e garante que o app final atenda às expectativas dos usuários.

Quais são as vantagens do design thinking?

Conforme vimos até aqui, ao colocar as pessoas no centro do processo, essa abordagem impulsiona a criação de produtos, serviços e experiências que realmente importam, gerando um impacto positivo e duradouro. Mas quais são as vantagens que fazem do design thinking uma ferramenta tão valiosa?

Foco no usuário

Essa metodologia coloca o usuário no centro do processo, desde a imersão profunda em suas necessidades até a validação das soluções. Isso garante que os produtos e serviços sejam criados com base em demandas verdadeiras, resolvendo problemas concretos e proporcionando uma experiência positiva e relevante para o seu público-alvo.

Compreensão das dores dos clientes e empatia

Por meio de pesquisas, entrevistas, observações e outras técnicas, a equipe de design coleta percepções importantes sobre os comportamentos, desejos, frustrações e motivações do público. 

Essa compreensão profunda permite identificar oportunidades e desenvolver soluções que realmente atendam às necessidades humanas.

Pensamento criativo

O design thinking estimula a criatividade e a geração de ideias inovadoras, sem julgamentos ou críticas. Brainstorming, mapas mentais, prototipagem e outras técnicas libertam a equipe para explorar diversas possibilidades, buscando soluções disruptivas e fora do convencional.

Prototipagem

A prototipagem permite testar as ideias de forma rápida e iterativa, sem a necessidade de grandes investimentos. Devido à construção de modelos simples e funcionais, a equipe identifica falhas, ajusta funcionalidades e valida os conceitos antes de seguir para o desenvolvimento completo. 

Tudo isso reduz custos, minimiza riscos e garante que o resultado atenda às expectativas do público.

Colaboração e trabalho em equipe

Outra vantagem dessa metodologia é que ela promove a colaboração entre diferentes áreas e especialistas, desde designers e desenvolvedores até profissionais de marketing e vendas. Essa diversidade de perspectivas aprimora o processo de criação, gerando soluções mais completas e inovadoras.

Adaptabilidade e flexibilidade

Por ser um processo flexível, que se adapta às necessidades e desafios específicos de cada projeto. A equipe pode revisitar e reordenar as etapas conforme a necessidade, garantindo que a jornada de criação seja sempre focada nas necessidades do usuário e na busca por soluções eficazes.

Cultura de inovação e aprendizado contínuo

Essa abordagem também fomenta uma cultura de inovação e aprendizado constante. Ao colocar o usuário no centro e estimular a criatividade, a equipe se torna mais propensa a identificar oportunidades, desenvolver soluções inovadoras e se adaptar às mudanças constantes do mercado.

Maior satisfação do cliente e fidelização

Produtos e serviços criados com base nas necessidades reais dos usuários geram maior satisfação e fidelização. Afinal, clientes satisfeitos se tornam defensores da marca, recomendando os produtos e serviços para outras pessoas, o que impulsiona o crescimento do negócio.

A importância do design thinking nos processos da OBRA ag

Por fim, o design thinking se revela como uma ferramenta poderosa para designers e outros profissionais que buscam impulsionar a inovação e criar soluções eficientes. 

Ao colocar o usuário no centro do processo e estimular a colaboração entre diferentes áreas, a metodologia fortalece uma cultura de aprendizado, adaptabilidade e flexibilidade.  Dessa forma, as empresas e organizações conseguem se adaptar às demandas em constante mudança do mercado.

 

Aqui na OBRA, estamos sempre colocando o usuário em primeiro lugar e desenvolvemos soluções inovadoras a todo momento. Portanto, somos adeptos do design thinking. Vamos construir algo juntos?

Principais referências:

Dam, RF e Teo, YS (2022, 20 de maio). A História do Design Thinking . Fundação de Design de Interação - IxDF. 

https://www.interaction-design.org/literature/article/design-thinking-get-a-quick-overview-of-the-history

https://designthinking.ideo.com/ 

https://codecamp.com.br/artigos_cientificos/design_thinking.pdf


Zendesk, Sebrae, Awari, Agência Mestre, Na Prática, Trabalho da Universidade Positivo,

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